Santana Em Versos

I

Como filho dessa Terra
Muito rica e de Progresso
Vamos homenagear
Preste atenção eu peço
Nossa história vou contar
Santana narrar em versos

II

Findava o século XVIII
Nesse Sertão colossal
Coração das Alagoas
De Relevo natural
Índios e mestiços viviam
Num pequeno Arraial

III

Por aqui vem aportar
Padre Francisco Correia
Às margens do Ipanema
Das invernadas e cheias
Pra os índios catequizar
Por essa Missão anseia

IV

O Padre é Pernambucano
Vem lá de Sirinhaém
Bebeu água do “Ipanema”
É Santanense também
Pra Ribeira do Panema
Francisco Correia Vem

V

É jovem o Missionário
22 anos ele tem
Conquista a população
Pois o moço fala bem
Por esse bravio Sertão
Ajuda sem olhar a quem

VI

Faz o padre uma Capela
Com as ajudas que lhe vêm
Ao povo bom e irmão
Reza a missa e diz amém
Ensina a ser cidadãos
E a ser bom Cristão também

VII

Os irmãos Martins Vieira
De Portugal descendia
São Bandeirantes de luta
Lá de Penedo partia
Buscam terras devolutas
Vem Fundar uma Sesmaria

VIII

Vai Martins ao Rio de Janeiro
Pra conseguir doação
E as terras foram doadas
Numa grande Extensão
De Doze Léguas contadas
Encravadas no Sertão

IX

Do Nascente ao Poente
Terras foram demarcadas
Da Serra do Caracol
No Leste Localizada
Às margens do Riacho Grande
A Oeste Delimitada

X

Do Extremo Norte ao Sul
Marcaram Limite Ali
Da Ribeira dos Cabaços
Coquerais de Ouricurí
À Ribeira Dois Riachos
Indo a Serra do Gugy

XI

1875: Foi o Ano da Redenção
Aos vinte e quatro de Abril
Com Registro e Certidão
Esse povo Mor-servil
Conseguiu Libertação
Pra Essa Terra Varonil
Conquistou Emancipação

XII

Santana é Sertaneja
É a Flor do Mandacaru
O seu Povo é de verdade
Doce igual Mel de Uruçú
Pra Conquistar a Liberdade
Se Emancipou de Traipu

XIII

Uma imagem de Portugal
Nos Mares fez travessia
É Nossa Senhora Santana
Que Vem ser a nossa Guia
Muitas Bençãos Dela Emana
E deu o nome a Freguesia

XIV

Santa Ana é a Padroeira
Nossa Avó Querida Assim
Ypa nema é nome indígena
De beber é água ruim
Serviu muito a Lavadeira
E pra o banho do Curumim

XV

Os primeiros Colonizadores
Que por aqui se instalou
Eram Exímios agricultores
E a boa Terra cultivou
Também vieram pastores

XVI

Santana de terra forte
“Em si plantando tudo dá”
Algodão nosso Tesouro
Palma é muito salutar
Milho e Feijão nosso Ouro
Na Bandeira a tremular

XVII

Santana de lindas Colinas
De tão rica Fauna e Flora
De suas Matas e Selvas
Vêm as lendas de Caipora
E o Sertanejo sobre a relva
Embala sonhos de Outrora

XVIII

Carro de Boi o transporte
Desde o início Serviu
Canta a roda o seu lamento
De Fueiro e de Canzil
Não esquecendo o Jumento
Que muito contribuiu

XIX

Muitos Filhos ilustres teus
Repentistas Poetas e Escultores
Que nas Artes se destacam
Tens tão grandes Escritores
Autores de Obras que Marcam:
“Santana dos Meus Amores”

XX

Santana teve bons Gestores
Que a fizeram Desenvolver
Com suas Administrações
O Santanense viu Crescer
Assim como Renilde Bulhões
Cujo Lema é: “O Melhor é Fazer”
Com o Bovino trabalhou


Fabio Campos