A LOJA DE DEUS POESIA, PENSAMENTOS E...







A LOJA DE DEUS   POESIA

De baixo de uma árvore

Numa rede me deitei

Os olhos meio enfadonho

Quase sem sentir fechei

E logo agarrei no sono

Veja só o que sonhei

Era noite e eu na rua

Não era estranho o lugar

Muitas lojas na avenida

De vitrines coloridas

Os luminosos a piscar

A rua ia se acabar l

Mas um susto tive eu

Uma loja meio acanhada

Um letreiro na fachada

Se lia: LOJA DE DEUS

Na sua simplicidade

Curioso quis conhecer

Eu queria ver na verdade

O que havia lá pra vender

Um anjo ali atendia

Estava atrás de um balcão

Muitos vidros ali jazia

Nas prateleiras se via

Muito pote e Garrafão

Todos eles rotulados

Dava pra lê de bom grado

O título e a nomeação

Vidros de Fé e Esperança

Muitas caixas de Bonança

Pacotes de Salvação

Sacos com Sabedoria

Frascos de Paz Harmonia

Preço não havia não

O Anjo acudiu faceiro

Pode pedir companheiro

Tudo é grátis meu irmão!

Ouvindo o que era dito

De coragem eu me enchi

Fiquei logo animado

E até meio apressado

Abri o verbo e pedi:

Seu Anjo me dê ligeiro

Muitas caixas de Salvação

Pacotes de Amor de Deus

Harmonia para os Meus

E de Deus todo Perdão

Frascos de Felicidade

Potes de Tranquilidade

Muita Paz pros meus irmãos

Para o Próximo quero Amor

E pra todo sofredor

Quero Vida em Comunhão

Muitos vidros de Concórdia

Frascos de Misericórdia

Muitos fardos de Louvação

Pras famílias a Esperança

O Sorriso da Criança

E a Pureza pros Cristãos

Pro Idoso a Serenidade

Quero viver na Verdade

Muito Amor no Coração


O Anjo se ausentou

Num instante ele voltou

Trazia um saquinho na mão

E me entregou sereno


Aquele embrulho pequeno

Me causou decepção

Como podia caber ali

Tudo aquilo que pedi?

Foi a minha indagação

O Anjo me respondeu

Assim me olhando de frente

Ó Querido! Amigo meu

Aqui na Loja de Deus

Nós não temos o produto

Aqui nós não damos fruto

Apenas damos a SEMENTE!


Colocou na minha mão

E me fez levar ao peito

Dizendo: É desse jeito

Que bons frutos nascerão

Seja assim Semeador

Regue-as com o seu Amor

Que as Sementes brotarão

Acordei meio assustado

A mão repousava ao lado

Por cima do Coração!

 

FABIO CAMPOS, 07 DE SETEMBRO DE 2003. 

DO LIVRO INÉDITO:"POESIA NÃO ENCHE BARRIGA: ENCHE O CORAÇÃO!" 

 


PENSAMENTOS

SE EXISTISSE MAIS AMOR ENTRE OS HOMENS
O MUNDO NÃO SERIA MELHOR
SERIA MENOS RUIM.

O MÉRITO DIGNIFICA O HOMEM; O MERETRÍCIO O DESONRA.

FABIO CAMPOS, 26 de Dezembro de 1978.


FOTO DA CAPA DO CADERNO DOS QUAIS ESTÁ REPLETO DE ESCRITOS MEUS, QUE VÃO DE 19 de Dezembro de 1978 A 29 de Janeiro de 1979.



"O TREM DA ESPERANÇA"

É O TÍTULO DESTA FOTO. PRODUZIDA EM ALGUM DIA DO MÊS DE FEVEREIRO DE 2021.



NA FRIEZA DESSE LUZ
NO CALOR QUE VEM DO CHÃO
VEM O TREM DA ESPERANÇA
É O TREM DA SOLIDÃO
OS GALHOS VOAM NO ALTO
ACENAM
COM SOFREGUIDÃO
É O TREM DA ESPERANÇA
O COMBOIO DA PAIXÃO
VEM LÁ LONGE
VISLUMBRANDO
CÁ BEM PERTO EU VENHO A PÉ
PASSA O TREM 
QUE NUNCA PASSA
PASSO EU COM MINHA FÉ.

FABIO CAMPOS, 27 de Fevereiro de 2021.




 A LUZ
FICOU SE ESCONDENDO...
POR TRÁS DA LUZ
DO SOL 
DA FLOR DE SOL
DA LUZ DE FLOR...
PARECIA UMA MENINA
COM VERGONHA...


"PEQUENINO, PEQUENINO!

QUE DEUS ME DEU!... NAT "KING" COLE 1972"


CONVERSA DE MALANDRO POESIA, Pensamentos de 1978 e outras coisas de 70...





FLAGRANTE DA FOTO DA CAPA DO NOVO CADERNO DE POESIAS QUE IREMOS PUBLICAR DORAVANTE...

CONVERSA DE MALANDRO POESIA

SABE CARA!
TOMANDO UNS PILEQUES
EU APRENDO A DANÇAR
SAIO SEM PAGAR
O DONO DO BAR
VEM ME GRITAR
NEGÓCIO É O SEGUINTE
COROA!
PINDURA ISSO AÍ!
QUE O CRIÔLO TÁ
NUMA DE HORROR
NUM TERMINEI DE FALAR
RISCA O CAMBURA!
TUDO BEM!
ESTANDO PRESO TÔ HOSPEDADO
APANHANDO TÔ FAZENDO EXERCÍCIOS
CORRENDO TÔ VIAJANDO
PASSANDO FOME, TÔ FAZENDO REGIME
TOCA PRA FRENTE Ô DO CAPACETE!

FABIO CAMPOS 23 DE DEZEMBRO DE 1978. NOTA: ESTA POESIA FOI ESCRITA BASEADO NUM FATO VERÍDICO PRESENCIADO PELO AUTOR, EPISÓDIO OCORRIDO POR OCASIÃO DA DETENÇÃO DE "GIRAMUNDO" FILHO DE DONA CHICA BOA.



FOTO AUTÊNTICA DA POESIA MANUSCRITA POR ESTE POETA DATADA E ASSINADA.






REFLEXÕES

OLHO PRA O PÃO, LEMBRO DO TRIGO
OLHO PRO VINHO , LEMBRO DA UVA
OLHO PRA VIDA, LEMBRO DE CRISTO.

QUANDO ME PERGUNTO; QUAL O SENTIDO DA VIDA? NÃO PROCURO RESPOSTA, EU REZO...

FABIO CAMPOS, 26 DE DEZEMBRO DE 1978.




DAQUI POR DIANTE É MELHOR NÃO... 




MÚSICA "A VÉIA DE BAIXO DA CAMA" DE CAJU E CASTANHA [NO YOUTUBE] EM NOVAS VERSÕES


PRIMEIRO O MAKING OF...

VALENDO!



    

BYE! BYE!










 

POESIA CHEGANÇA E outras...

 CHEGANÇA

DIA DESSE EU ACOMPANHAVA

UMA CHEGANÇA

CONFESSO QUE NÃO SENTI NADA

TALVEZ AINDA NÃO SENTISSE

COISA ALGUMA NA ÉPOCA

ERA UMA FAMÍLIA

O PAI OLHOU A CASA

OLHOS TRISTE, OLHOU OS CAMPOS

UM BRILHO, SURGIU

NO FUNDO DO CORAÇÃO

COMEÇOU A DESCARREGAR 

SEUS TROÇOS

HAVIA ESPERANÇA

A MÃE NÃO OLHOU NADA

ALÉM DE FITAR POR INSTANTES

 O MARIDO E O FILHO

COMO QUEM DIZIA:

SE É BOM PRA ELES, 

É BOM PRA MIM TAMBÉM

O FILHO DIVISOU AO LONGE

UMAS FRUTÍFERAS

UM RIACHO, SEU PARAÍSO

AGORA VEJO

O QUE ANTES NÃO VI

E TALVEZ

SE TIVESSE VISTO

TERIA FICADO.

FABIO CAMPOS, 18 DE FEVEREIRO DE 1979.



FOTO DA POESIA "CHEGANÇA" CONTIDA NO CADERNO, DATADA E ASSINADA NO DIA QUE FOI FEITA.



CAPA DO DISCO "NAT "KING" COLE ESPAÑOL CANTA BOLEROS DE 1972. INCLUI CANCÕES COMO "CACHITO' "MARIA ELENA" QUI SA QUI SAZ" O DISCO É PRODUÇÃO DEPOIS DA MORTE DO CANTOR OCORRIDA EM 15 DE FEVEREIRO DE 1965.


POESIA MATUTA DE DEUSDETH BATISTA "PLANTADOR DE MILHO"

PENSAMENTO

A GENTE PODE TER UMA OPINIÃO, E MUDÁ-LA, COM O PASSAR DO TEMPO. ASSIM COMO TEMOS UM ROSTO, UM CORPO, QUE VAI MUDANDO COM O PASSAR DOS ANOS.

ENGRAÇADO COMO É A VIDA. COISAS, QUE JULGAMOS, FATOS QUE VIVEMOS. SITUAÇÕES, QUE SE FOREM MUITO EXTERNA A NÓS, DIREMOS: "É ASSIM MESMO..." "BOLA PRA FRENTE!"  OU QUASE CONCORDAMOS, TIPO: "QUE ISSO SIRVA-NOS DE EXPERIÊNCIA".

SEMPRE HAVERÁ UM CAPÍTULO, UM VERSÍCULO, UM "A" UM "JOTA" NA BÍBLIA, QUE SE ENCAIXA PERFEITAMENTE PARA O MOMENTO QUE ESTAMOS VIVENDO. O PROBLEMA É QUE QUEM RARAMENTE SOMOS NÓS MESMOS QUE PERCEBEMOS. NA MAIOR PARTE DAS VEZES SÃO OS OUTROS. 


COM A POESIA  "CHEGANÇA" ENCERRAMOS ESTE CADERNO



SENDO ASSIM...


FIM

AO AMOR, Ensaio, e outras Coisas...


POESIA:       A FLOR DA PELE

QUERO ME EMBRIAGAR

NESSE MAR DE SONHOS

PORQUE SONHEI 

COM VOCÊ

QUERO SER O MAIOR PALHAÇO

PORQUE MINHA GRAÇA 

É VOCÊ

QUERO SER O MAIS HÁBIL

DOS ALPINISTAS

PORQUE MINHA MONTANHA

É VOCÊ

QUERO SER O REI

DOS MAGOS

PORQUE MEU FEITIÇO

É VOCÊ

QUERO SER

O MAIS LOUCO DOS MORTAIS

PORQUE MEU ABISMO

É VOCÊ

QUERO QUE 

NUNCA

ACABE ESSE PESADELO

PORQUE SE ACORDAR

EU ENCONTRO

VOCÊ

HUMILDEMENTE 

VOCÊ

TÃO SIMPLES

VOCÊ.

FABIO CAMPOS, 04 DE MARÇO DE 1979.


 

Foto do cangaceiro "Corisco" e sua companheira "Dadá". Domínio público by Google.com.br

POESIA: CANGACEIRO


QUANDO SE FALA NO SERTÃO

QUANDO SE FALA NO JOAZEIRO

NÃO SE DEVE ESQUECER TAMBÉM

QUE EXISTIU O CANGACEIRO

 

O DESFILE FOI LENTO

FOI UM MÍSTICO DE DEVOÇÃO

E REBELDIA QUE SE ESPALHOU

NO SERTÃO


FORAM ESPANTALHOS

ANIMADOS, USADOS

DESILUDIDOS PELA SORTE

ENGANAVAM A VIDA

FORAM OS CARTEIROS

DA MORTE


SOFRERAM OS QUE SE FORAM

E OS QUE NÃO FORAM EMBORA

E OS QUE TOMBARAM SEM GLÓRIA

SOFREM OS CONTERRÂNEOS DE AGORA

COM A MORAL DA HISTÓRIA.


FABIO CAMPOS, 20 DE FEVEREIRO DE 1979.



POESIA "CANGACEIRO" , O ORIGINAL, ESCRITO NUM CADERNO DATADA E ASSINADA PELO POETA, AUTOR DA MESMA: 20 de Fevereiro de 1979.

ENSAIO EM TONS DE ROSA...


Foto publicada no grupo da Escola Municipal Senhora Santana

Uma flor é uma flor...que nunca é apenas uma Flor!
Na parede eu vi uma Rosa
que não era cor de rosa
Na parede
havia
Uma Flor
Da Cor do Amor



Uma Bicicleta cor de Rosa, é uma máquina delicadamente Rosa!


Se as Bicicletas falassem, diriam fáceis
Somos felizes
Como somos felizes
incrivelmente
terrivelmente
Felizes
que frase! Que fase,
das bicicletas Felizes!


NORDESTE INDEPENDENTE Composição de Ivanildo Vilanova e Bráulio Tavares, foi Repente que virou Poesia que virou música, que Elba Ramalhou gravou, lá pras banda de 1984. E que eu virei nisso...



Making of







Foto, close do busto de Corisco,"O Diabo Loiro"


PINTANDO CORISCO...
A LUZ DE VELA...                      ESMALTE SOBRE EMBORRACHADO CINTILANTE

O RESULTADO






Making of...
    







"CANOEIROS DO IPANEMA" do escritor CLERISVALDO B CHAGAS




Capa do livro: Canoa descansa em jirau de madeira e palha, Fernão Velho, laguna Mundaú. Repensando a Geografia de Alagoas, B Chagas


Uma singela homenagem...

Decassílabo para CANOEIROS DO IPANEMA

Canoeiros e canoas do Panema

No passado faziam Travessia

Como Milton Nascimento já dizia

A melodia nos guia, é o dilema

O Rio e a cheia nosso Lema

Há um canto de paz e emoção

São cenas pra gravar no coração

O que o mestre Clerisvaldo escreveu

O canoeiro ele vive não morreu

 Vivem nas páginas da história

São eternos são heróis nossa memória

Um “VIVA!” bem forte ao rei da cena

A vocês CANOEIROS DO IPANEMA!

Fabio Campos, 10 de Fevereiro de 2021.






Palavrinhas do Autor



Na página 16 é mencionado o pai do autor...


Na página 17, foto de Canoeiros exercendo seu
 ofício, e a grande Cheio do riacho Camoxinga em 1915...

PREFÁCIO 

OS CANOEIROS DO RIO IPANEMA

Navegar é preciso, viver não é preciso.”  Dos versos do famoso poeta lusitano Fernando Pessoa, vem-nos inspiração, pra falar d’OS CANOEIROS DO RIO IPANEMA. Os literatos de plantão, mais tarde, iriam “destrinchar” estes versos, sobre a diferença entre as duas palavras “preciso” do poeta.  Preciso no sentido de necessidade, e preciso no sentido de exatidão. No caso d’OS CANOEIROS DO RIO IPANEMA, navegar era preciso, nos dois sentidos. Preciso, pela necessidade de ganhar algum dinheiro, para sustentar suas famílias. E preciso, no sentido de exatidão, de precisarem ser exatos no momento da travessia, de certa forma, perigosa.

O escritor Clerisvaldo B Chagas vem, pega-nos pelo braço. E leva-nos a transpor a barreira do tempo, para juntos fazermos a travessia nas canoas d’OS CANOEIROS DO RIO IPANEMA. Eu e você, caro leitor, no momento que mergulhamos nestas páginas, passamos a passageiros dos canoeiros. Nessa aventura ímpar, vamos enfrentar as águas salobras, turbulentas, indomáveis do rio Ipanema, por ocasião das cheias. Clerisvaldo B Chagas, faz-nos, literalmente, tirar os calçados. Junto com ele, vamos caminhar, sentir a areia molhada e fofa das margens do rio Ipanema.

Clerisvaldo B Chagas Enveredou, pelo mundo investigativo. Como verdadeiro Cherlock Holmes, em busca de elucidar este mistério: Como, e em que época, surgiram OS CANOEIROS DO RIO IPANEMA? Pesquisou pra você! E com muito amor oferece, a todos entusiastas, amantes desta terra! Estudantes, curiosos, visitantes, admiradores da história de Santana do Ipanema. Para todos nós santanenses, da gema, ou por adoção, as nossas origens, e às futuras gerações. Vem preencher essa lacuna da nossa história. Quão importante ver desvendada essa página esquecida sobre OS CANOEIROS DO RIO IPANEMA: Quando surgiram? Em que época, existiu? Quanto tempo durou este ofício? E se haviam ainda remanescentes, nos dias atuais?  

Poço do Juá, e poço dos Homens. Ponte da Barragem, ponte General Tubino, e ponte do Padre. Pontos estratégicos do rio Ipanema tão significantes para cada um de nós. Para elucidar esse ponto imemorial da história da cidade de Santana do Ipanema, foi preciso ir em busca de vestígios, de evidências, ouvir relatos, depoimentos, juntar documentos, comparar fatos históricos, checar datas, recuperar fotos. Enfim, montar um verdadeiro quebra-cabeça. O escritor teve que fazer vez de repórter, entrevistar pessoas. Trabalho nada fácil. Ainda mais em tempos difíceis que vivemos. Não satisfeito em resgatar apenas a lida dOS CANOEIROS DO RIO IPANEMA, o escritor Clerisvaldo B Chagas buscou o legado das famílias dos canoeiros, de onde vinham, e se ainda existem algum entre nós.

OS CANOEIROS DO RIO IPANEMA que faziam a travessia do rio, prestavam um grande serviço, de pouco ganho. Como fica evidenciado na narrativa: “Em tempos de festa a travessia era de graça”. Não havia limite para aqueles intrépidos homens, que transpunham aquele obstáculo da natureza, o curso do rio intermitente. Ora manso e quieto, ora bravio e desvairado. Enfrentavam-no sem temor, levando, de uma margem a outra, fosse o que fosse, gente, animais, mercadorias, e até automóveis! Ficamos a imaginar o bucolismo, tamanho lirismo numa cena, por exemplo, de um padre, bem acomodado no rudimentar banco da canoa, ladeado de sua montaria. A narrativa, poderia ter caráter meramente informativo, documental, escrito jornalístico. Vindo porém do renomado escritor, historiador Clerisvaldo B Chagas, os fatos tomam outra conotação. Vem-nos impregnados de candura e beleza. Com tamanha presteza, valora o vasto espírito humano, escancara a humildade, a singeleza deste ser tão imprescindível pra um lugar ribeirinho, o canoeiro. A saga dos atravessadores do rio, um legado de cem  anos!Venha entremos nessa canoa!

Fabio Campos,professor e escritor contista. 

Nota: Para adquirir o livro "Canoeiros do Ipanema", entrar em contato como autor através do seu e-mail: clerisvaldochagas@gmail.com



AS ESTRADAS. E outros Caminhar...


  




FOTO DA CAPA DO LP DE PAULO DINIZ [1985] COLETÂNEA 


"NAS ESTRADAS QUE O MUNDO TEM/
NAS ESTRADAS QUE O MUNDO TEM/
VOU ANDANDO SEM NINGUÉM. 
[Tom Gomes/Luis Vagner]"
"As Estradas 3'04" é Faixa 4, Lado A.  

REDEFININDO PLACAS DE TRÂNSITO:
 
UM ÍNDIO FOI PROIBIDO DE FLECHAR. MESMO ASSIM FLECHOU!



AQUI, FUNCIONA UM CARTÓRIO DE DIVÓRCIOS, SEPARAÇÕES COM COMUNHÃO DE BENS!


POESIA:                      CHUVA DE VERÃO


UMA ANDORINHA VEIO

ME DIZER, QUE SOZINHA

NÃO FAZIA VERÃO!

UMA SÓ NUVEM ESCURINHA

ME DISSE

QUE FAZ CHOVER NO SERTÃO!

 

A TROVOADA PRIMEIRO PEGOU

A PANDORGA

QUE APROVEITAVA

A VENTANIA!

ESCONDEU O SOL ÀS COSTAS

MOLHOU TUDO, TUDO ESCURO

NEM PARECIA DIA!

 

OS VELHOS, SÓ ELES

FICAM EM CASA!

FALAM DA CHUVA, DAS PINGUEIRAS

EM CASA TRANCADOS!

OS MENINOS, A CRIANÇADA

NÃO SE PREOCUPAM COM NADA!

DEBAIXO DAS BICAS

BRINCAM MOLHADOS!

 

POTES E BARRIS CHEIOS

ÀS BORDAS, MULHERES

E VELHOS, OLHAM O CÉU...

LIMPANDO, E A PASSARADA!

MENINOS E MENINAS LÁ FORA

BRINCAM, CHEIRO BOM

DE TERRA MOLHADA.

FABIO CAMPOS, 01 de Março de 1979.


FOTO DA POESIA ORIGINAL: "CHUVA DE VERÃO" 

Copiada em Caderno, Datada de 01 de Março de 1979.


REFLEXÕES

O DIA, DO LADO DE FORA DA GENTE, SEMPRE VAI SER DIA. A NOITE FORA DA GENTE SERÁ NOITE. NA ALMA, PORÉM, PODE AINDA SER MADRUGADA.

O SERENO, É UMA CHUVA COM PREGUIÇA.

A LUZ DO SOL, 

POR MAIS QUE OS CIENTISTAS TENHAM EXPLICAÇÕES PARA JUSTIFICÁ-LA. PARA MIM, É O REFLETIR DE DEUS.

A LUA, NÃO TEM LUZ PRÓPRIA. IGUAL A NÓS, PEGAMOS EMPRESTADO DE DEUS.

 

PENSAMENTOS

VÃO-SE OS ANÉIS, FICAM OS DEDOS; SEM DEDOS, INUTILMENTE FICARAM OS ANÉIS. VÃO! SEM ANÉIS, FICARÃO. VÃO, COM OU SEM OS ANÉIS, VÃO!

NUNCA, PALAVRA QUE JAMAIS [SE DEVIA] ESTAR NO DICIONÁRIO DO CORAÇÃO. NUNCA MAIS... ASSIM COM RETICÊNCIAS, APARENTA-SE AINDA MAIS ETERNA.

TER, SER, PODER, PRAZER: ATÉ QUEREMOS TER; BUSCAMOS PRAZER; ÀS VEZES ALMEJAMOS PODER. PORÉM SER, SÓ EM DEUS PODEREMOS SER.

06 de Fevereiro de 2021.

RECITAÇÃO DE POESIA MATUTA [Não sei a autoria, de quem é] Título: "MATUTO NO FITIBOL"


Making of 



 




O SILÊNCIO DOS DEUSES E algo mais...

                 

REDEFININDO PLACAS DE TRÂNSITO: "PAPAI VAMOS BRINCAR DE AVIÃO?" 


Poesia: O SILÊNCIO DOS DEUSES


O RIO IPANEMA SECO

COMO SE ERA DE ESPERAR

A PONTE IMPONENTE E ZOMBATEIRA

ESMAGA SEU CHORO

 

SILENCIOSO DESLIZA, E FICA

MOLHANDO AS PEDRAS

RESSECADAS DE SOL

A PELE DA LAVADEIRA

O ALMOCREVE

 

MENINO SEM PARTES COBERTAS

DESCRITO EM PRIMEIRO PLANO

NESTA PAISAGEM

SECA, E ESCURA

A VERMELHIDÃO

O CREPÚSCULO.

 

FABIO CAMPOS, 03 de Março de 1979.

 

THE SILENCE OF THE GODS

THE RIVER IPANEMA DRY SUN

HOW WAS IT WAITING

THE IMPONENT BRIDGE AND ZOMBATER

CRUSH YOUR CRY

 

SILENT SLIDES AND STAYS

WATERING THE STONES

SUNFLOWERS

THE WOMAN WASHING CLOTHES

THE ALMOCREVE

 

BOY WITHOUT COVERED PARTS

DESCRIBED IN FIRST PLAN

IN THIS LANDSCAPE

DRY AND DARK

THE RED

THE TWILIGHT.

Fabio Campos, 03 de Fevereiro de 2021. versão em inglês da poesia: "O Silêncio dos Deuses"


FOTO DA POESIA: "SILÊNCIO DOS DEUSES" NO CADERNO, ORIGINAL. Datada de 03 de Março de 1979. Dá pra observar, que alguém precisou de um pedaço de papel, sabe-se lá pra que. E feriu esta página do caderno. 


Enquanto isso, as águas continuam passando...O rio voltou a ser manso... o café esfriando...os óculos só olhando...


RECITAÇÃO DA POESIA "SILÊNCIO DOS DEUSES" EM INGLÊS. 

EM 03 DE FEVEREIRO DE 2021.