Capa do livro: Canoa descansa em jirau de madeira e palha, Fernão Velho, laguna Mundaú. Repensando a Geografia de Alagoas, B Chagas
Uma singela homenagem...
Decassílabo para CANOEIROS DO IPANEMA
Canoeiros e
canoas do Panema
No passado
faziam Travessia
Como Milton
Nascimento já dizia
A melodia
nos guia, é o dilema
O Rio e a
cheia nosso Lema
Há um canto
de paz e emoção
São cenas
pra gravar no coração
O que o
mestre Clerisvaldo escreveu
O canoeiro
ele vive não morreu
Vivem nas páginas da história
São eternos
são heróis nossa memória
Um “VIVA!”
bem forte ao rei da cena
A vocês CANOEIROS DO IPANEMA!
Fabio Campos, 10 de Fevereiro de 2021.
Palavrinhas do Autor
Na página 16 é mencionado o pai do autor...
Na página 17, foto de Canoeiros exercendo seu
ofício, e a grande Cheio do riacho Camoxinga em 1915...
PREFÁCIO
OS CANOEIROS DO RIO IPANEMA
“Navegar é preciso, viver não é preciso.” Dos versos do
famoso poeta lusitano Fernando Pessoa, vem-nos inspiração, pra falar d’OS
CANOEIROS DO RIO IPANEMA. Os literatos de plantão, mais tarde, iriam “destrinchar”
estes versos, sobre a diferença entre as duas palavras “preciso” do
poeta. Preciso no sentido de necessidade, e preciso no sentido de
exatidão. No caso d’OS CANOEIROS DO RIO IPANEMA, navegar era preciso, nos dois
sentidos. Preciso, pela necessidade de ganhar algum dinheiro, para sustentar
suas famílias. E preciso, no sentido de exatidão, de precisarem ser exatos no
momento da travessia, de certa forma, perigosa.
O escritor Clerisvaldo B Chagas vem, pega-nos pelo braço. E
leva-nos a transpor a barreira do tempo, para juntos fazermos a travessia nas
canoas d’OS CANOEIROS DO RIO IPANEMA. Eu e você, caro leitor, no momento que
mergulhamos nestas páginas, passamos a passageiros dos canoeiros. Nessa
aventura ímpar, vamos enfrentar as águas salobras, turbulentas, indomáveis do
rio Ipanema, por ocasião das cheias. Clerisvaldo B Chagas, faz-nos,
literalmente, tirar os calçados. Junto com ele, vamos caminhar, sentir a areia
molhada e fofa das margens do rio Ipanema.
Clerisvaldo B Chagas Enveredou, pelo mundo investigativo.
Como verdadeiro Cherlock Holmes, em busca de elucidar este mistério: Como, e em
que época, surgiram OS CANOEIROS DO RIO IPANEMA? Pesquisou pra você! E com
muito amor oferece, a todos entusiastas, amantes desta terra! Estudantes,
curiosos, visitantes, admiradores da história de Santana do Ipanema. Para todos
nós santanenses, da gema, ou por adoção, as nossas origens, e às futuras
gerações. Vem preencher essa lacuna da nossa história. Quão importante ver
desvendada essa página esquecida sobre OS CANOEIROS DO RIO IPANEMA: Quando
surgiram? Em que época, existiu? Quanto tempo durou este ofício? E se haviam
ainda remanescentes, nos dias atuais?
Poço do Juá, e poço dos Homens. Ponte da Barragem, ponte
General Tubino, e ponte do Padre. Pontos estratégicos do rio Ipanema tão
significantes para cada um de nós. Para elucidar esse ponto imemorial da
história da cidade de Santana do Ipanema, foi preciso ir em busca de vestígios,
de evidências, ouvir relatos, depoimentos, juntar documentos, comparar fatos
históricos, checar datas, recuperar fotos. Enfim, montar um verdadeiro
quebra-cabeça. O escritor teve que fazer vez de repórter, entrevistar pessoas.
Trabalho nada fácil. Ainda mais em tempos difíceis que vivemos. Não satisfeito
em resgatar apenas a lida dOS CANOEIROS DO RIO IPANEMA, o escritor Clerisvaldo
B Chagas buscou o legado das famílias dos canoeiros, de onde vinham, e se ainda
existem algum entre nós.
OS CANOEIROS DO RIO IPANEMA que faziam a travessia do rio,
prestavam um grande serviço, de pouco ganho. Como fica evidenciado na
narrativa: “Em tempos de festa a travessia era de graça”. Não havia limite para
aqueles intrépidos homens, que transpunham aquele obstáculo da natureza, o
curso do rio intermitente. Ora manso e quieto, ora bravio e desvairado.
Enfrentavam-no sem temor, levando, de uma margem a outra, fosse o que fosse,
gente, animais, mercadorias, e até automóveis! Ficamos a imaginar o bucolismo,
tamanho lirismo numa cena, por exemplo, de um padre, bem acomodado no
rudimentar banco da canoa, ladeado de sua montaria. A narrativa, poderia ter
caráter meramente informativo, documental, escrito jornalístico. Vindo porém do
renomado escritor, historiador Clerisvaldo B Chagas, os fatos tomam outra
conotação. Vem-nos impregnados de candura e beleza. Com tamanha presteza,
valora o vasto espírito humano, escancara a humildade, a singeleza deste ser
tão imprescindível pra um lugar ribeirinho, o canoeiro. A saga dos
atravessadores do rio, um legado de cem anos!Venha
entremos nessa canoa!
Fabio Campos,professor e escritor contista.
Nota: Para adquirir o livro "Canoeiros do Ipanema", entrar em contato como autor através do seu e-mail: clerisvaldochagas@gmail.com